sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Pequenos prazeres da vida

O lugar comum é muito criticado, julgado e até evitado pelas pessoas em geral. Eu inclusive me incluía no saco, até descobrir que o clichê pode ser muito mais divertido do que imaginam por aí. Mas não o clichê qualquer, a situação isolada por si só. A graça aparece quando o clichê é incorporado e vivido, quando nos tornamos um clichê ambulante. Alguma coisa no fato de você fazer exatamente o que todos evitam dá um brilho todo especial para a situação que só experimentando pra saber. Mas sem exageros. O clichê exagerado fica gratuito demais e não é apreciado, acaba sendo somente uma colaboração para que a situação fosse considerada clichê em primeiro lugar.

É claro que ao falar de clichê vivido me refiro mais especificamente a relações interpessoais. Sem restrições quanto à definição desse último, rolou algum mínimo interesse já é relação. A partir daí a coisa deslancha. Mulher do melhor amigo, aeromoça, chefe, professor, mulher casada, médico, instrutor de academia, entregador de pizza, secretária, aluno, bombeiro, estagiária, policial, etc. Felizmente (será?!) tenho amigos que apreciam um bom clichê como eu, e me serviram de ótima fonte de pesquisa e inspiração! Eliminando os fetiches e cenas de filme pornô, chegamos à nata das relações clichê. Como esse corte é bem relativo, tomo a liberdade de selecionar meus favoritos.

Em terceiro lugar temos o professor. Um clássico. A relação com o professor leva essa por ser de fácil acesso e ainda render vantagens. Professor pode ser de muita coisa, portanto, embarcar nesse tipo de relação quase não tem obstáculos. Garanta já o seu em uma esquina próxima de você! Se for professor de musculação então, ainda sai da brincadeira com um corpão.

A medalha de prata vai para o chefe. Super cômodo, afinal os dois trabalham no mesmo lugar, se vêem todos os dias. Porém, ao contrário do que muitos pensam, essa relação clichê pode trazer desvantagens se não for manejada com cuidado. Em caso de brigas ou términos, sua vida no trabalho pode acabar um inferno. Então, se essa for a sua escolha, aprecie com moderação e cuidado.

O grande campeão é a mulher do melhor amigo. Pelo simples fato lógico de ser a mais cruel, fria, desnecessária e FDP de todas as relações clichês. Ah sim, claro, mulher do melhor amigo, cara da melhor amiga, gêneros não são um problema! O que importa é reconhecer a pessoa que deliberadamente se rende à libido e se envolve exatamente com a única pessoa que não poderia. Com tantas opções por aí, o guerreiro que escolhe essa quer realmente correr de braços abertos para tudo o que é condenado pelo bom-senso.

Para todos que apreciam os pequenos prazeres da vida, á lá Amélie Poulain, certamente viver um clichê será providencial. Eu ainda estou no início da minha jornada de desbravamento do incrível mundo do lugar comum. Próximo passo: experimentar mais de um clichê em uma mesma relação.

2 comentários:

o que me vier à real gana disse...

Bom blog! Vale a pena.

Unknown disse...

cadê aqueles posts que a gente tava comentando lá no Salvação?